1 de novembro - Dia Nacional da Espeleologia

1 de Novembro

Você sabe qual a importância das cavernas, ou qual o profissional as estuda? Sane estas duvidas com essa publicação , você descobrirá a diversidade que acompanha a área científica da espeleologia!

O que é o estudo da espeleologia?
Espeleologia é a ciência voltada para o estudo de cavernas. Esta ciência busca conhecer e estudar a formação geológica das cavernas, o meio ambiente onde estão inseridas, as formas de vida que as habitam, as características e as formas de preservação. Este estudo utiliza conhecimentos de outras áreas como, por exemplo, Geologia, Geografia, Biologia, Ecologia, entre outras. O profissional que atua nesta área é chamado de espeleólogo.

Qual a importância da espeleologia?
Primeiramente, as cavernas oferecem muitas informações científicas, e também podem ser exploradas do ponto de vista turístico e cultural, no que é chamado de geoturismo. A espeleologia proporciona a pesquisa pré-histórica, visto que muitas cavernas foram habitadas no passado por homens pré-históricos. Sendo assim, são importantes fontes de estudo desta época, já que podem ser analisadas do ponto de vista arqueológico.

Em segundo lugar, no ano de 1970, foi encontrado o esqueleto do fóssil da Luzia, pela missão arqueológica franco–brasileira chefiada pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire (1917-1977). A descoberta aconteceu em escavações na Lapa Vermelha, uma gruta no município de Pedro Leopoldo em Minas Gerais.

Como são formadas as cavernas?
As cavernas formam-se principalmente por dissolução das rochas. O calcário, rocha mais comum de se encontrar formando cavernas, é uma rocha com abundantes fraturas. A água percola por essas fraturas e vai dissolvendo a rocha, alargando as aberturas já existentes e, com isso, mais água pode penetrar, acelerando o processo de formação dessas cavidades. Por isso, são muito mais comuns em zonas carbonáticas, onde pode-se encontrar rochas como calcários e mármores. No caso do mármore, o processo é bem semelhante.

Cavernas podem se formar também em rochas ígneas e metamórficas, bem como em geleiras. Isso ocorre graças à água proveniente da fusão do gelo.

Outra maneira de formação de cavernas seriam os derrames de lava, que podem esfriar na porção superficial, mas continuar em fusão no interior. Desse modo, a lava pode continuar fluindo e acabar formando um túnel. Além de poder acontecer enquanto a lava escorre do vulcão, de formar um compartimento oco, que se torna posteriormente uma caverna.

O que é espeleotema?
É uma formação rochosa originada pela dissolução de minerais e sua recristalização em níveis inferiores no teto, paredes e chão das cavernas. A substância mais comum nesse processo é o carbonato de cálcio, que, ao recristalizar, forma os minerais calcita ou aragonita. Se há também magnésio dissolvido, pode-se formar a dolomita. Além disso, os possíveis minerais formadores de espeleotemas são a gipsita e a malaquita.

Os espeleotemas podem ser classificados em:
Estalactites: formam-se por gotejamento por meio de fendas ou furos no teto. A água desce pela fenda ou furo e, ao chegar no teto da caverna, pára em razão da tensão superficial, formando uma gota. Com isso, o carbonato de cálcio precipita. Quando a gota fica grande o suficiente para cair, a água se vai e o carbonato de cálcio fica aderido à rocha. O processo se repete continuamente e assim surge a estalactite, que geralmente tem um formato cilíndrico com a ponta mais fina;
Estalagmites: formam-se de modo similar, a partir do sal que ainda ficou na gota quando esta caiu no chão. A água evapora e ele precipita, formando uma estrutura semelhante à estalactite, mas que cresce debaixo para cima. A forma da estalagmite costuma ser cilíndrica e com a ponta arredondada, vindo da movimentação da gota que caiu. Na maior parte dos casos, há uma estalagmite para cada estalactite, mas as primeiras podem se juntar em maciços estalagmíticos, ou ainda as estalactites podem se unir às estalagmites, formando colunas ao longo da caverna. A espeleologia analisou que os anéis de crescimentos destes espeleotemas, podem fornecer informações das características do clima de quando se formaram.

A importância das cavidades naturais para a espeleologia
As cavidades naturais são importantes pois registram informações relativas aos processos geológicos, além de exercer importante papel no armazenamento de água (carga e recarga de aquífero), protegem e conservam minerais e formações geológicas, abrigam espécies da fauna e da flora, conservam informações da vida passada através de sítios fossilíferos e arqueológicos, e são utilizadas como locais turísticos, religioso e educacionais.

Quais as suas classificações?
Abrigo: Uma cavidade de pequeno comprimento e grande abertura que pode ser usada como guarita por animais ou pessoas;
Toca: Uma caverna com grande abertura, desenvolvimento horizontal menor que 20 metros e uma única entrada;
Gruta/lapa: uma caverna também predominantemente horizontal, mas com mais de 20 metros de comprimento, podendo ter desníveis internos e salões;
Fosso: é uma caverna predominantemente vertical, com grande abertura e desnível inferior a 10 metros;
Abismo: é uma caverna também predominantemente vertical, mas com desnível maior que 10 metros.

Fonte: https://www.minasjr.com.br/espeleologia