Saiba mais sobre a rotina do Biólogo Marinho

Foto: Divulgação (A)Mar

A biologia marinha é a especialidade que estuda os seres vivos que habitam os ecossistemas marinhos, incluindo ambientes como as zonas de mangue, praias, costões, recifes, estuários, atóis e todos os lugares onde pode florescer a vida marítima. A rotina do profissional biólogo que trabalha nessa área pode variar bastante, afinal a sua atuação pode ser realizada em diversas frentes, tanto no âmbito público quanto no privado.

Entre as muitas funções possíveis, podemos citar:

  • Consultor de pesca em empresas públicas ou privadas. Seu papel é avaliar e orientar quanto a políticas de gestão pesqueira, levando em consideração a população das espécies de peixes e outros animais marinhos, para que a extração seja sustentável.
  • Consultor em empreendimentos de aquicultura na criação de peixes e outras espécies marinhas para comércio e consumo humano. Seu objetivo é aumentar a qualidade do produto e garantir a sustentabilidade do negócio.
  • Atuar na área de proteção e educação ambiental, seja em iniciativas públicas, privadas ou em Organizações da Sociedade Civil (OSCs), como o Projeto Tamar, Projeto Baleia Franca, Projeto Baleia Jubarte e tantos outros que lutam pela defesa das espécies marinhas e seus habitats.
  • Trabalho com pesquisas. Pode trabalhar em laboratórios, universidades, institutos de pesquisa e em campo, coletando dados, estudando os hábitos das espécies e criando projetos de preservação.
  • Trabalhar em zoológicos, aquários e outras instituições que mantêm animais marinhos em cativeiro, assim como em empresas de mergulho e expedições marítimas, orientando e esclarecendo os clientes sobre o meio ambiente e as espécies.

A Bióloga Stella Tomás (CRBio 99.205/08-D) atua em campo e esclarece que “os projetos normalmente são multidisciplinares, envolvendo diversos profissionais, tais como biólogo, oceanógrafo, geólogo e engenheiro ambiental”. Esses profissionais têm como alvos dos seus estudos os peixes, mamíferos marinhos, plânctons, néctons, micro-organismos, fitoplânctons, fitobentos, zooplânctons e os inúmeros invertebrados.

Stella é educadora ambiental, mestre em conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável, e fundadora do Projeto (A)mar, OSC que atua no litoral sul da Bahia em prol da biodiversidade costeira e marinha e do desenvolvimento sustentável.

“Atuamos com ações de conscientização da educação ambiental através de campanhas e com ações de monitoramento ambiental nas praias, como no período reprodutivo das tartarugas para a proteção dos ninhos, e fora desse período tem as ocorrências de animais que chegam debilitados ou mortos. Neste caso, atendemos as ocorrências relacionadas a aves marinhas, golfinhos e baleias. Em determinados períodos do ano, a gente fortalece campanhas usando os animais como bandeira, mas a intenção é da conservação como um todo”, conta a Bióloga.  

Para ela, o foco principal do profissional deve ser a preservação e proteção dos oceanos. “Precisamos ter mais consciência e amor pela natureza. Preservar e proteger a fauna marinha e nossas praias é um dever de todos. Nosso futuro depende dos oceanos”, conclui.

Além da atuação nas praias e zonas costeiras, o profissional pode também escolher estudar os manguezais, costões rochosos, estuários, recifes, planícies de ervas marinhas, plataformas continentais e zonas abissais, por exemplo.

Sobre o Projeto (A)mar

O (A)mar é uma iniciativa em prol da conservação marinha e costeira do litoral sul da Bahia. O projeto iniciou as atividades em 2016 e realiza ações como palestras sobre conscientização ambiental, mutirões de limpeza nas praias, passeios ecológicos e monitoramento dos animais marinhos. 

O projeto se concentra nas praias do litoral sul da Bahia, entre os municípios de Ilhéus, Itacaré, Canavieiras e Maraú.

Fonte: CRBio-08