A Entomologia Forense utiliza as informações que os insetos fornecem – dados biológicos, ecológicos e de distribuição – para elucidar questões judiciais de modo geral, sobretudo questões criminais.
São casos de morte violenta, maus tratos a pessoas e animais, contaminação de alimentos e medicamentos e crimes ambientais, em que os insetos podem fornecer evidências sobre a autoria dos crimes ou a responsabilidade de uma ou outra parte.
O trabalho dos entomólogos forenses ganhou notoriedade com a série de televisão norte-americana “CSI: Crime Scene Investigation”, centrada nas investigações do grupo de cientistas forenses do departamento de criminalística da polícia de Las Vegas. O programa foi exibido mundialmente e gerou outras três séries com a mesma temática.
Os entomólogos forenses analisam os insetos que colonizam corpos em decomposição, processo que em geral se inicia minutos após a morte. O principal foco da análise são larvas originadas pelos ovos depositados por moscas nos cadáveres.
Ao identificar a que espécie de inseto pertence uma larva que está consumindo um cadáver e seu estágio de desenvolvimento, o entomólogo forense consegue determinar, por exemplo, há quanto tempo uma pessoa morreu.
O exame toxicológico das larvas permite que o entomólogo forense determine se a morte está associada ao consumo ou contato do morto com alguma substância tóxica, como drogas ilícitas.
A análise das larvas pode determinar também se o corpo foi deslocado após o óbito. Isso ocorre quando o entomólogo forense identifica num cadáver encontrado no ambiente urbano espécies que só ocorrem no meio rural. Ou vice-versa.
No Brasil, os Biólogos estão aptos a ingressar na carreira de perito criminal por meio de concurso público para as polícias estaduais e a Polícia Federal. Os Biólogos também podem trabalhar em pesquisa e ensino na área de Entomologia Forense.
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