Amazônia e o desmatamento

A Amazônia é, além de uma área pertencente ao território brasileiro, um bioma que abrange 9 estados da Federação (Amazônia Legal) e 9 países da América do Sul, com vegetação que varia de floresta, campina e savanas entre outras tipologias. Correspondendo a maior área florestada e com uma das maiores taxas de biodiversidade do planeta, é responsável pela ciclagem da água evaporada do Oceano Atlântico que somada a água de evapotranspiração oriunda da própria floresta forma os rios voadores que a transportam para todo o Brasil e países vizinhos.

Eventos climáticos afetam a Amazônia em todo seu ecossistema, como o fenômeno El Niño que eleva a temperatura, aumentando os riscos de incêndios florestais. Pesquisas apontam uma sinergia entre extremos climáticos e ações humanas, como aumento do desmatamento/fragmentação florestal e uso do fogo para práticas agrícolas. O número das áreas fragmentadas tem se acumulado, mudando a paisagem e diminuindo a resiliência do ecossistema, este fato ligado as mudanças climáticas tem intensificado os incêndios florestais, principalmente nos períodos de menor intensidade de chuvas.

De acordo com dados do Projeto PRODES (https://bit.ly/2Pxmubh) os altos índices de desmatamento nos anos 90 foram reduzidos a metade na segunda década dos anos 2000, especialistas relacionam esses índices com oscilações no mercado internacional da soja e carne bovina, e criação de politicas públicas para conservação.

Sabemos a importância desse bioma para a manutenção dos serviços florestais e preservação de espécies,é um campo de trabalho para muitos biólogos, pesquisadores responsáveis pela geração de dados que podem nortear a resolução de medidas eficazes para sua conservação.
 
Semirian Campos Amoêdo
Bióloga - CRBio 52200-6D