Regulamenta as profissões de Biólogo e de Biomédico, cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina, e dá outras providências.Â
Baixe a Lei nº 6.684O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
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CAPÍTULO I
Da Profissão de Biólogo
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Art. 1º - O exercício da profissão de Biólogo é privativo dos portadores de diploma:
I - devidamente registrado, de bacharel ou licenciado em curso de História Natural, ou de Ciências
Biológicas, em todas as suas especialidades ou de licenciado em Ciências, com habilitação em Biologia,
expedido por instituição brasileira oficialmente reconhecida;
II - expedido por instituições estrangeiras de ensino superior, regularizado na forma da lei, cujos cursos
forem considerados equivalentes aos mencionados no inciso I.
Art. 2º - Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados
na forma da legislação específica, o Biólogo poderá:
I - formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica básica e aplicada, nos vários setores da
Biologia ou a ela ligados, bem como os que se relacionem à preservação, saneamento e melhoramento do
meio ambiente, executando direta ou indiretamente as atividades resultantes desses trabalhos;
II - orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, fundações, sociedades e associações de
classe, entidades autárquicas, privadas ou do Poder Público, no âmbito de sua especialidade;
III - realizar perícias e emitir e assinar laudos técnicos e pareceres de acordo com o currículo efetivamente
realizado.
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CAPÍTULO II
Da Profissão de Biomédico
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Art. 3º - O exercício da profissão de Biomédico é privativo dos portadores de diploma:
I - devidamente registrado, de bacharel em curso oficialmente reconhecido de Ciências Biológicas,
modalidade médica;
II - emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, devidamente revalidado e registrado como
equivalente ao diploma mencionado no inciso anterior.
Art. 4ºÂ - Ao Biomédico compete atuar em equipes de saúde, a nível tecnológico, nas atividades
complementares de diagnósticos.
Art. 5º - Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados
na forma da legislação específica, o Biomédico poderá:
I - realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente;
II - realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação;
III - atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, radiodiagnóstico e de outros para os quais
esteja legalmente habilitado;
IV - planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e privadas, na área de sua
especialidade profissional.
Parágrafo único - O exercício das atividades referidas nos incisos I a IV deste artigo fica condicionado ao
currículo efetivamente realizado que definirá a especialidade profissional.
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CAPÍTULO III
Dos Órgãos de Fiscalização
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Art. 6ºÂ - Ficam criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina -
CFBB/CRBB com a incumbência de fiscalizar o exercício das profissões definidas nesta Lei.
§Â 1ºÂ - Os Conselhos Federal e Regionais a que se refere este artigo constituem, em conjunto, uma
autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho.
§ 2º - O Conselho Federal terá sede e foro no Distrito Federal e jurisdição em todo o País e os Conselhos
Regionais terão sede e foro nas Capitais dos Estados, dos Territórios e no Distrito Federal.
Art. 7º - O Conselho Federal será constituído de dez membros efetivos e respectivos suplentes eleitos pela
forma estabelecida nesta Lei.
§Â 1ºÂ - Os membros do Conselho Federal e respectivos suplentes, com mandato de quatro anos, serão
eleitos por um Colégio Eleitoral integrado de um representante de cada Conselho Regional, por este eleito
em reunião especialmente convocada.Â
§ 2º - O Colégio Eleitoral convocado para a composição do Conselho Federal reunir-se-á, preliminarmente,
para exame, discussão, aprovação e registro das chapas concorrentes, realizando as eleições vinte e
quatro horas após a sessão preliminar.
§Â 3ºÂ - Competirá ao Ministro do Trabalho baixar as instruções reguladoras das eleições dos Conselhos
Federal e Regionais.
Art. 8º - Os membros dos Conselhos Regionais e os respectivos suplentes, com mandato de quatro anos,
serão eleitos pelo sistema de eleição direta, através do voto pessoal, secreto e obrigatório dos
profissionais inscritos no Conselho, aplicando-se pena de multa, em importância não excedente ao valor
da anuidade, ao que deixar de votar sem causa justificada.
§ 1º - Na composição dos Conselhos assegurar-se-á a representação proporcional das duas modalidades.
§Â 2ºÂ - O descumprimento do critério de proporcionalidade previsto no parágrafo anterior, no intuito de
favorecer determinada modalidade, poderá ensejar intervenção do Ministério do Trabalho no órgão infrator.
§ 3º - O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais, assim como a
respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, ficará subordinado, além das exigências constantes
do art. 530 da Consolidação das Leis do Trabalho e legislação complementar, ao preenchimento dos
seguintes quesitos e condições básicas:
I - cidadania brasileira;
II - habilitação profissional na forma da legislação em vigor;
III - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos;
IV - inexistência de condenação por crime contra a segurança nacional.
Art. 9º - A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal ou dos Conselhos Regionais
ocorrerá em virtude de:
I - renúncia;Â
II - superveniência de causa de que resulte a inabilitação para o exercício da profissão;
III - condenação a pena superior a dois anos, em face de sentença transitada em julgado;Â
IV - destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de improbidade na
Administração Pública ou Privada, em face de sentença transitada em julgado;
V - conduta incompatível com a dignidade do órgão ou por falta de decoro;
VI - ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou a seis intercaladas em cada ano.
Art. 10 - Compete ao Conselho Federal:
I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e o Vice-Presidente, cabendo
ao primeiro, além do voto comum, o de qualidade;
II - exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e execução do disposto nesta Lei e à
fiscalização do exercício profissional, adotando providências indispensáveis à realização dos objetivos
institucionais;
III - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o território nacional;
IV - organizar, propor instalação, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais, fixar-lhes jurisdição e
examinar suas prestações de contas, neles intervindo desde que indispensável ao restabelecimento da
normalidade administrativa ou financeira ou à garantia da efetividade ou princípio da hierarquia
institucional;
V - elaborar e aprovar seu Regimento, ad referendum do Ministro do Trabalho;
VI - examinar e aprovar os Regimentos dos Conselhos Regionais, modificando o que se fizer necessário
para assegurar unidade de orientação e uniformidade de ação;
VII - conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e prestar-lhes assistência técnica
permanente;
VIII - apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais;
IX - fixar o valor das anuidades, taxas, emolumentos e multas devidos pelos profissionais e empresas aos
Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados;
X - aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos adicionais, bem como operações
referentes a mutações patrimoniais;
XI - dispor, com a participação de todos os Conselhos Regionais, sobre o Código de Ética Profissional,
funcionando como Conselho Superior de Ética Profissional;
XII - estimular a exação no exercício da profissão, velando pelo prestígio e bom nome dos que a exercem;
XIII - instituir o modelo das carteiras e cartões de identidade profissional;
XIV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis;
XV - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja obrigado;
XVI - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais, os balanços, a execução
orçamentária e o relatório de suas atividades.
Art. 11 - Os Conselhos Regionais serão organizados, em princípio, nos moldes do Conselho Federal.
Art. 12 - Compete aos Conselhos Regionais:
I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e o seu Vice-Presidente;
II - elaborar a proposta de seu Regimento, bem como as alterações, submetendo à aprovação do
Conselho Federal;
III - criar as Câmaras Especializadas, atendendo às condições de maior eficiência da fiscalização
estabelecida na presente Lei;
IV - julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração à presente Lei e ao Código de Ética,
enviados pelas Câmaras Especializadas;
V - agir, com a colaboração das sociedades de classe e das escolas ou faculdades de Biologia, nos
assuntos relacionados com a presente Lei;
VI - deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos e sobre os casos comuns às duas ou
mais modalidades;
VII - julgar, decidir ou dirimir as questões da atribuição ou competência das Câmaras Especializadas,
quando não possuir o Conselho Regional número suficiente de profissionais da mesma modalidade para
constituir a respectiva Câmara;
VIII - expedir a carteira de identidade profissional e o cartão de identificação aos profissionais registrados,
fazendo constar a modalidade do interessado, de acordo com o currículo efetivamente realizado;
IX - organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e pessoas jurídicas que, nos
termos desta Lei, se inscrevam para exercer atividades de Biologia na Região;
X - publicar relatórios de seus trabalhos e relações dos profissionais e firmas registrados;
XI - estimular a exação no exercício da profissão, velando pelo prestígio e bom conceito dos que a
exercem;
XII - fiscalizar o exercício profissional na área da sua jurisdição, representando, inclusive, às autoridades
competentes, sobre os fatos que apurar e cuja solução ou repressão não seja de sua alçada;
XIII - cumprir e fazer cumprir as disposições desta Lei, das resoluções e demais normas baixadas pelo
Conselho Federal;
XIV - funcionar como Conselhos Regionais de Ética, conhecendo, processando e decidindo os casos que
lhes forem submetidos;
XV - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas nesta Lei e em normas complementares do
Conselho Federal;
XVI - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao aprimoramento dos serviços e do sistema de
fiscalização do exercício profissional;
XVII - aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos adicionais e as operações
referentes a mutações patrimoniais;
XVIII - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis;
XIX - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas as medidas destinadas à
efetivação de sua receita, destacando e entregando ao Conselho Federal as importâncias referentes à sua
participação legal;
XX - promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias correspondentes às anuidades,
taxas, emolumentos e multas, esgotados os meios de cobrança amigável;
XXI - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja obrigado;
XXII - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais, os balanços, a execução
orçamentária e o relatório de suas atividades.
Art. 13 - Os Conselhos Regionais funcionarão em pleno e, para assuntos específicos, poderão ser
organizados em Câmaras Especializadas correspondentes às modalidades resultantes dos
desdobramentos dos cursos de que tratam os incisos I dos art. 1º e 3º desta Lei.
Parágrafo único - As Câmaras Especializadas são órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de
julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas modalidades e as infrações ao
Código de Ética.
Art. 14 - São atribuições das Câmaras Especializadas:
I - julgar os casos de infração à presente Lei, no âmbito de sua competência profissional específica;
II - julgar as infrações ao Código de Ética;
III - aplicar as penalidades e multas previstas;
IV - apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das entidades de direito público,
das entidades de classe e das escolas ou faculdades na Região;
V - elaborar as normas para a fiscalização das respectivas modalidades;
VI - opinar sobre os assuntos de interesse comum a duas ou mais modalidades, encaminhando-os ao
Conselho Regional.
Art. 15 - As Câmaras Especializadas serão constituídas pelos Conselhos Regionais, desde que entre os
Conselheiros Regionais haja um mínimo de três de uma mesma modalidade.
Art. 16 - Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais incumbe a administração e representação
legal dos mesmos, facultando-se-lhes suspender o cumprimento de qualquer deliberação de seu Plenário,
que lhes pareça inconveniente ou contrária aos interesses da instituição, submetendo essa decisão à
autoridade competente do Ministério do Trabalho, ou ao Conselho Federal, respectivamente.
Art. 17 - Constitui renda do Conselho Federal:
I - vinte por cento do produto da arrecadação de anuidades, taxas, emolumentos e multas de cada
Conselho Regional;
II - legados, doações e subvenções;
III - rendas patrimoniais.
Art. 18 - Constitui renda dos Conselhos Regionais:
I - oitenta por cento do produto da arrecadação de anuidades, taxas, emolumentos e multas;
II - legados, doações e subvenções;
III - rendas patrimoniais.
Art. 19 - A renda dos Conselhos Federal e Regionais só poderá ser aplicada na organização e
funcionamento de serviços úteis à fiscalização do exercício profissional, bem como em serviços de caráter
assistencial, quando solicitados pelas Entidades Sindicais.
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CAPÍTULO IV
Do Exercício Profissional
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Art. 20 - O exercício das profissões de que trata a presente Lei, em todo o território nacional, somente é
permitido ao portador de carteira profissional expedida por órgãos competentes.
Parágrafo único - É obrigatório o registro nos Conselhos Regionais das empresas cujas finalidades
estejam ligadas às Ciências Biológicas, na forma estabelecida em Regulamento.
Art. 21 - Para o exercício de qualquer das atividades relacionadas nos art. 2º e 5º desta Lei, em qualquer
modalidade de relação trabalhista ou empregatícia, será exigida, como condição essencial, a apresentação
da carteira profissional emitida pelo respectivo Conselho.
Parágrafo único - A inscrição em concurso público dependerá de prévia apresentação da carteira
profissional ou certidão do Conselho Regional de que o profissional está no exercício de seus direitos.
Art. 22 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo, da profissão, em área de jurisdição de dois ou
mais Conselhos Regionais, submeterá o profissional de que trata esta Lei às exigências e formalidades
estabelecidas pelo Conselho Federal.
CAPÍTULO V
Das Anuidades
Art. 23 - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional da respectiva jurisdição constitui condição de
legitimidade do exercício da profissão.
Parágrafo único - A anuidade será paga até 31 de março de cada ano, salvo a primeira, que será devido
no ato do registro dos profissionais ou das empresas referidas no art. 20 e seu parágrafo único desta Lei.Â
CAPÍTULO VI
Das Infrações e Penalidades
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Art. 24 - Constitui infração disciplinar:
I - transgredir preceito do Código de Ética Profissional;
II - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos
não registrados ou aos leigos;
III - violar sigilo profissional;
IV - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou contravenção;
V - não cumprir, no prazo assinalado, determinação emanada de órgãos ou autoridade do Conselho
Regional, em matéria de competência deste, após regularmente notificado;
VI - deixar de pagar, pontualmente, ao Conselho Regional, as contribuições a que está obrigado;
VII - faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei;
VIII - manter conduta incompatível com o exercício da profissão.
Parágrafo único - As faltas serão apuradas levando-se em conta a natureza do ato e as circunstâncias de
cada caso.
Art. 25 - As penas disciplinares consistem em:
I - advertência;
II - repreensão;
III - multa equivalente a até dez vezes o valor da anuidade;
IV - suspensão do exercício profissional pelo prazo de até três anos, ressalvada a hipótese prevista no § 7º
deste artigo;
V - cancelamento do registro profissional.
§ 1º - Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidência, a imposição das penalidades obedecerá à
gradação deste artigo, observadas as normas estabelecidas pelo Conselho Federal para disciplina do
processo de julgamento das infrações.Â
§Â 2ºÂ - Na fixação da pena serão considerados os antecedentes profissionais do infrator, o seu grau de
culpa, as circunstâncias atenuantes e agravantes e as conseqüências da infração.
§ 3º - As penas de advertência, repreensão e multa serão comunicadas pela instância própria, em ofício
reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do profissional punido, a não ser em caso de
reincidência.
§Â 4ºÂ - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito suspensivo, à instância
imediatamente superior:
a)Â Â Â Â Â Â voluntário, no prazo de trinta dias a contar da ciência da decisão;
b) ex-offício, nas hipóteses dos incisos IV e V deste artigo, no prazo de trinta dias a contar da decisão.
§ 5º - As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a qualificação do denunciante
e acompanhadas da indicação dos elementos comprobatórios do alegado.
§ 6º - A suspensão por falta de pagamento de anuidades, taxas ou multas só cessará com a satisfação da
dívida, podendo ser cancelado o registro profissional se, após decorridos três anos, não for o débito
resgatado.
§ 7º - É lícito ao profissional punido requerer, à instância superior, revisão do processo, no prazo de trinta
dias contados da ciência da punição.
§ 8º - Das decisões do Conselho Federal ou de seu Presidente, por força de competência privativa, caberá
recurso, em trinta dias contados da ciência, para o Ministro do Trabalho.
§ 9º - As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões.
§Â 10 - A instância ministerial será última e definitiva, nos assuntos relacionados com a profissão e seu
exercício.
Art. 26 - O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor à multa prevista no Regulamento.
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CAPÍTULO VII
Disposições Gerais
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Art. 27 - Os membros dos Conselhos farão jus a uma gratificação, por sessão a que comparecerem, na
forma estabelecida em legislação própria.
Art. 28 - Aos servidores dos Conselhos aplica-se o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho
e legislação complementar.
Art. 29 - Os Conselhos estimularão, por todos os meios, inclusive mediante concessão de auxílio, segundo
normas aprovadas pelo Conselho Federal, as realizações de natureza cultural visando ao profissional e à
classe.
Art. 30 - Os estabelecimentos de ensino superior que ministrem os cursos referidos nos arts. 1º e 3º desta
Lei deverão enviar, até seis meses após a conclusão dos mesmos, ao Conselho Regional da jurisdição de
sua sede, ficha de cada aluno a que conferir diploma ou certificado, contendo o seu nome, endereço,
filiação e data de conclusão.
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CAPÍTULO VIII
Disposições Transitórias
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Art. 31 - A exigência da Carteira Profissional de que trata o Capítulo IV somente será efetiva a partir de
cento e oitenta dias, contados da instalação do respectivo Conselho Regional.
Art. 32 - O primeiro Conselho Federal será constituído pelo Ministro do Trabalho.
Art. 33 - Os Conselhos Regionais serão instalados desde que agrupem um número suficiente de
profissionais, capaz de garantir sua normalidade administrativa, a critério e por ato do Ministro do
Trabalho.
Art. 34 - A presente Lei será regulamentada pelo Poder Executivo dentro de noventa dias.
Art. 35 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 36 - Revogam-se as disposições em contrário.
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Brasília, em 03 de setembro de 1979.
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João Figueiredo
Murillo Macedo
Publicada no DOU de 04/09/79, Seção I, páginas 12761 a 12765.
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